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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Muito bem, obrigada!

“O desafio foi lançado: cá estamos mulheres, com toda vivacidade e esmero que nos caracterizam: chegar aos trinta, muito bem, obrigada!
A tarefa não é nada fácil, e nem é pra ser.  O fato é que chega uma hora em nossas vidas que, nos voltamos para dentro de nós, para nos lançarmos novamente. Agora, um pouco mais diferente do que éramos ainda lá na casa dos vinte e poucos.  Essa tal “introspecção”- já dizia Jung - acontece justamente aí, na casa dos trinta. Curioso, não?! Curioso e necessário. Eu diria mais: necessariamente visceral. Poeticamente bonito e árduo ao longo dos anos,  mas, nada impossível para nós, mulheres!
Foi-se o tempo em que a obrigação tornava-se tema central e determinante às mulheres que deveriam de alguma forma, chegar aos trinta de filho no colo e avental à frente do corpo – sinalização clássica de uma mulher submissa, arcaica e culturalmente subestimada. Respeito aquelas que ainda vivem sob essa condição, mas, não é disso que quero me privilegiar aqui.
Para as mais resolvidas, chegar aos trinta é simplesmente glamour! É atingir a melhor fase da vida já vivida, é chamar o desafio pra mais perto e poder encará-lo com toda a experiência que te carrega, é ter a honra de poder refletir melhor e com mais qualidade emocional o nosso papel nessa missão finitamente possível, que é viver!
Chega de me atrasar! Não quero nunca mais parar de aprender comigo mesma! Quero brindar com o sorriso estampado e o brilho nos olhos os meus merecidos trinta anos! Quero representar com orgulho essa classe de mulheres guerreiras capazes de fazer história por onde passa e com quem se relaciona.
Quero me emocionar com o que há de mais simples e belo na vida com toda a fragilidade e sensibilidade de uma mulher em toda minha essência, sem ao mesmo tempo, ser fraca e incrédula aos meus sonhos! Ah, sonhar! Palavrinha-chave essencial na bagagem longa que me fez chegar aos meus trinta anos, muito bem, obrigada!
Quero degustar o prazer de viver os meus dias assim! Venço-me. Vivo! Tudo só depende de mim.”

 
Texto: Aline Gonçalves

(ps. Esse foi meu primeiro texto publicado no blog. Não sei por qual motivo, mas ele sumiu do acervo. Como ele é de muita importância pra mim, resolvi postá-lo novamente para se juntar ao acervo do emaranhado de coisas que já tenho colecionadas aqui!)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Os angoleiros do sertão

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Esse é o grupo de capoeira angola do Mestre Claúdio da Bahia, e do contra mestre Xande, de Paraguaçu Paulista. Aconteceu ontem na Unesp, uma vivência com o grupo dos angoleiros do sertão. Lindo de ver! A energia que o grupo transmite durante a vadiagem contagia à quem  assiste facilmente. Essa é minha outra paixão: a capoeira. Hoje já não treino mais, mas, em algum tempo provável ainda espero voltar para o grupo. Enquanto isso, tento unir o útil ao agradável. Já fazia algum tempo que eu queria registrar esse momento!