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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Além da imagem...

Comumente aparecem pessoas pedindo certos tipos de imagens a ser capturada.  “Por que você não fotografa isso? Ou aquilo?” Ou então: você prefere fotografar o quê? Cada uma com uma identificação, ou admiração peculiar. Sempre me enrolo na resposta. E isso devido à certeza de ainda não saber o que me encanta de verdade na fotografia. Gosto de registrar aquilo que me admira aos olhos sob o impacto da primeira impressão, a priori. Paisagens, pessoas, animais, situações... Tudo isso sob o contexto de uma boa foto tirada, é lindo. Mas ainda não sei o que mais me fascina dentro dessa infinidade toda que enfeita um enquadramento.
Pensando nessa idéia, me lembrei que um dia me pediram pra fotografar as borboletas. Ouvi de bom coração, e achei uma boa! Embora eu não tenha uma lente específica que retrate com detalhes a beleza dessa criatura que encanta, gostei da minha primeira borboleta retratada. Mas só isso não me bastou. Tirar uma foto, receber elogios e admiração ainda é pouco, diante da impressão que almejo transmitir com essas cores todas. E com a borboleta também, evidentemente. É nisso que quero chegar. E justamente no porquê delas me chamarem tanta atenção.
Sabe-se que, simbolicamente, uma borboleta significa transformação. Então, busquei mais, e li a respeito. Borboletas: a imagem da alma!
Coloridas e diurnas, as borboletas prenunciam acontecimentos alegres, ao contrário de suas irmãs mariposas, quase sempre negras e noturnas, que noticiam a infelicidade. No imaginário humano, porém, ambas estão relacionadas à alma.Na cultura greco-romana, assim como na egípcia, acreditava-se que a alma deixava o corpo em forma de borboleta. A palavra psique, em grego, quer dizer ao mesmo tempo espírito e borboleta. Nos afrescos de Pompéia, a psique é representada por uma criança com asas de borboleta.

Para a civilização asteca, ela era o sopro vital que saía pela boca do morto, além de estar associada a uma divindade (Itzpapalotl, cruzamento de uma mulher com uma borboleta). Esse simbolismo está relacionado à sua metamorfose, que, metaforicamente, expressa a saída do túmulo (casulo) para o renascimento. Essa associação de seu ciclo vital – a passagem do mundo dos mortos para o dos vivos-, também é utilizada na cultura oriental. No Japão, borboletas são espíritos viajantes; o seu surgimento anuncia uma visita ou a morte de um parente. Por outro lado, duas borboletas juntas querem dizer felicidade conjugal. No Vietnã, sua presença exprime longa vida, mas, nesse caso, é devido a uma coincidência fonética: duas palavras com pronúncia semelhante significam “borboleta” e “longevidade”. (sic)
Sob um contexto geral e cultural, pode-se dizer que existe uma analogia entre as diversas explicações acerca das borboletas.
E elas me chamaram a atenção. Não defino essa empatia às borboletas como forma de expressar o que mais gosto de retratar. Mas, com a intensidade com que ela me pôs a pensar.
Existem fases em nossas vidas que nos obrigam, de alguma forma, a crescer, mudar, se transformar. E nada é por acaso. Talvez, as borboletas apareceram nessa hora para me tocar das afirmações do mestre Pessoa: “É tempo de travessia e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre, à margem de nós mesmos.”
O incrível disso tudo, foi que, ao querer instigar nos outros uma reflexão maior, diante da imagem que registrei, me peguei de surpresa na inquietude de querer entender o porquê das borboletas e ao que isso tudo me remete. Bom, a quem couber, faça também esse exercício reflexivo. Seja qual for a cena principal que lhe atente aos olhos. Procure entender a intensidade com que isso te toca. Por si só, já estará fazendo um movimento construtivo a seu favor. Nunca é demais tornar tudo melhor, quando se pensa com maior intensidade a partir de uma imagem. Engraçado: adorei ser cobaia de mim mesma!E a dúvida que me surgiu no início referente ao que mais gosto de clicar, me trouxe uma certeza como resposta com as próprias borboletas: tornar essencial, aquilo que, muitas vezes, é invisível aos olhos. Veja além! E pense também!
Texto: Aline Gonçalves

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O ensaio com Willian!

Nem a lama e a chuva nos atrapalhou! O cenário escolhido não poderia ter sido melhor! Entre o ferro velho, também haviam cores que enfeitavam a cena! Quando se quer, se faz acontecer. Adorei registrar esse momento adentro! Nada disso seria possível se não houvesse, sobretudo, disposição e autenticidade do fotografando, Willian!
Obrigada, você fez acontecer!

Ensaio Willian Neres









































sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Vulcão Villa Rica

Antes de encerrar toda minha impressão tanto em imagens, quanto em palavras sobre a viagem pro Chile, não poderia deixar de postar uma das fotos que mais me impressionou. Esse é o vulcão Villa Rica, localizado na cidade de Pucón - um ponto turístico de grande referência no sul do Chile. Era por volta de 9:15 da noite quando eu tirei essa foto. Começava a escurecer. A atividade do vulcão era constante. Não deu pra chegar até o topo por circunstâncias pessoais,  mas, ainda de longe, conseguí me sentir tocada por esse monumento natural excepcional que hipnotiza qualquer objetiva que passa por ali! Rs!
E quando eu digo que o melhor da vida são as lembranças, olhar pra essa imagem, me faz reafirmar ainda mais essa idéia!